domingo, 31 de agosto de 2008

bares

então senhores.


entrei recentemente pra COMUM e queria botar um assunto na roda pra discussão, que acho que é algo importante pra qualquer projeto coletivo de uma cidade.

bh tem problemas crônicos de espaços para apresentações e distribuição de produtos culturais "contra-industriais". na verdade talvez não tenha, de fato, nenhum.
sabem que tenho ressalvas quanto ao fundamento que sustenta as leis de incentivo à cultura, isto é, a privatização das decisões e gestão sobre os gastos públicos em cultura. acho que elas atualmente são um mal necessário e que precisam ser usadas como um recurso, mas não vistas como prioridade ou uma fonte de renda estável e permanente para a classe artística. afinal, não somos funcionários públicos.

enfim... acho que minha sugestão inicial para qualquer movimentação coletiva de músicos em bh é a construção de uma estrutura de espaços independente de quaisquer apoios institucionais ou governamentais que, por si só, comercialmente, se sustente e gere um contexto em que os músicos se apresentem sempre e, aos poucos, fiquem mais próximos do público local.

todos sabem o quanto odiamos tocar em bares. eu mesmo tenho uma parceria com o makely sobre isso. mas temos que compreender que belo horizonte é a capital nacional dos bares. ninguém consome nada por aqui fora desse circuito. quem vai aos teatros é quem já conhece ou já frequenta um circuito muito específico. e se quisermos realmente ampliar de democratizar o acesso à nossa música, nunca imaginei repetir isso na vida, mas, vamos lá: "todo artista tem de ir aonde o povo está".

rarararara!!!

enfim... idéia pra se discutir.

abraço.

domador

3 comentários:

Rafael disse...

Hoje estive conversando com o Makely sobre a COMUM e ele falou algo interessante sobre as experiências com cooperativismo que o teatro possui e logo de cara eu pensei que uma das atuações efetivas da COMUM poderia ser a criação de um espaço em que os músicos possam tocar em BH. Será que seria um bar?

Renato Villaça disse...

acho que não deve ser um bar.
devem ser vários.
e também vários outros lugares.

Guilherme Castro disse...

Também penso em parcerias, tanto com um ou mais bares, quanto com teatros. No caso de teatros, acho que pode ser uma parceria para o uso de um dia da semana (ou do mês) dedicado à COMUM. Talvez possa ser feito a mesma coisa em algum bar. Eu sei que há esse pensamento na COMUM e que isso está sendo estudado. E há também a idéia de se fazer um festival da COMUM, algo como o Reciclo, via lei de incentivo.